Nesta sexta-feira (25), a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou o seu apoio a vacinação emergencial contra a Covid 19 na China, mesmo com os testes em andamento.
A informação foi publicada pela autoridade Zheng Zhongwei, da Comissão Nacional de Saúde do país. O programa foi lançado em julho e aprova a aplicação da CoronaVac, vacina produzida pela farmacêutica Sinovac Biotech.
Em um estudo realizado recentemente, foi apontado que a CoronaVac é segura e não apresentou reações adversas nos voluntários. No Brasil, o instituto Butantan junto a Sinovac estão realizando testes em mais de 5 mil candidatos.
O uso emergencial é temporário
De acordo com a autoridade da Comissão Nacional de Saúde da China, Zheng Zhongwei, o país fez contato com autoridades relevantes do escritório da OMS, e conseguiu a aprovação da entidade sobre a iniciativa. Desde então centenas de trabalhadores essenciais e membros de grupos de risco receberam a vacina.
O representante da OMS foi procurado pela Reuters, portal de notícias norte-americano, mas o diretor não respondeu a um pedido de comentário. Já Soumya Swaminathan, cientista-chefe da agência, confirmou que todas as autoridades reguladoras de cada país poderiam aprovar o uso emergencial de produtos médicos, mas esta medida seria uma solução temporária.
Os voluntários brasileiros que receberam a dose de aplicação apresentaram poucas reações adversas, como dor no local da aplicação, febre moderada e perda de apetite. Estas reações explicam que o imunizante contra coronavírus tem uma excelente base de segurança.
“O cenário atual da CoronaVac é motivo de otimismo”
Na quarta-feira (23), em um teste realizado com mais de 50 mil candidatos na China, apontaram que a CoronaVac é segura e não provoca reações sérias. De todas as pessoas que participaram do levantamento, 94,7% não tiveram reações sérias contra o imunizante.
Já os demais 5,3% apresentaram reações de baixo risco, como dor no local da aplicação, febre e fadiga. A vacina CoronaVac está na terceira fase de ensaios clínicos no Brasil, igualmente à China. Desde julho, o imunizante foi aplicado em 5,6 mil voluntários, com 12 centros de pesquisa.
O que se espera pelo Instituto Butantan, responsável pela distribuição da CoronaVac em território nacional, é que receba cinco milhões de doses em outubro e 46 milhões até dezembro. Segundo Dimas Covas, diretor do instituto, o cenário atual da vacina é motivo para otimismo.