Teorias conspiratórias por trás das peças e vida de William Shakespeare

No ano de 2016 o mundo da literatura celebrou os 400 anos da morte de um dos maiores dramaturgos da história, William Shakespeare. A consagração do autor inglês se consolidou com o passar dos séculos, fazendo das suas obras uma referência dos clássicos obrigatórios.

ANÚNCIO

Das 38 peças que escreveu entre os âmbitos da história, da comédia e da tragédia, destacam-se Hamlet, o enredo do príncipe dinamarquês que fica entre a loucura e a vingança do “Ser ou não Ser”, Romeu e Julieta, o casal que eterniza o seu amor até depois da morte e Otelo que supostamente traído por sua esposa comete um grave equívoco.

Ainda por volta de meados do século XIX quando havia completado 300 anos de sua morte, alguns pesquisadores da sua obra começaram a levantar suspeitas de cunho conspiratório em relação à autoria das peças teatrais atribuídas ao seu nome, principalmente por não existir documentos sobreviventes da sua escrita.

ANÚNCIO
Fonte: (Reprodução/Internet)

Obras fantásticas de Shakespeare com poucos registros

Shakespeare (1564-1616) deixou um patrimônio numeroso de obras, os estudiosos de suas peças e poemas concordam que o autor sempre foi bem ativo nas criações. Apesar disso, os poucos registros que existem da sua caligrafia são referentes ao seu nome, que apresenta variações, ensejando dúvidas quanto à autoria de suas vasta bibliografia.

O jornalista Mark Anderson escreveu um livro denominado “Shakespeare com outro nome” em que questiona a veracidade das milhares de palavras que o poeta e dramaturgo supostamente escreveu e que nenhuma chegou ao acesso da contemporaneidade.

ANÚNCIO

Outras teorias apontam para a descrença de um homem aparentemente sem grandes estudos e pouco viajado ter escrito um conteúdo tão vasto e sobre assuntos que não dizia respeito ao seu ciclo de convivência.

Teoria de Delia Bacon

A escritora norte-americana Delia Bacon (1811-1859) foi a propulsora dos movimentos conspiratórios que contrariam a veracidade da autoria atribuída a Shakespeare por obras como Hamlet, Rei Lear, Macbeth entre outras peças famosas.

No ano de 1845, Bacon passou a se dedicar a essa tese com afinco. Acredita-se que a escritora tenha sido amplamente influenciada pelas teorias dessa época, que estavam tecendo críticas a interferência múltipla de autores em uma só obra, como era o caso da Ilíada e Odisseia de Homero e a própria Bíblia.

Fonte: (Reprodução/Internet)

Ao final de sua longa pesquisa Delia Bacon publicou o Philosophy of the Plays of Shakespeare em que expôs detalhes que tentam provar que o poeta inglês não foi o autor de tantas obras, pelo menos não sozinho. Apesar de desacreditada em muitos círculos, a escritora lançou as sementes para que novos estudiosos continuassem reverberando a visão.

Em contraposição a essas ideias, o diretor do Instituto Shakespeare Brasil, Ronaldo Marin afirma que as lacunas da obra de Shakespeare não se estendem para as informações que temos acerca de sua vida. Para ele, naquela época saber nome, data de nascimento e casamento já eram o suficiente para conhecer alguém.

O Teatro Elisabetano e o Shakespeare popular

No teatro elisabetano, o grande expoente foi William Shakespeare, parte das suas obras dramáticas foram encenadas no contexto. No período reinava a rainha Elizabeth I e durante (1558- 1625) a expressão artística foi valorizada nos meandros da corte.

Fonte: (Reprodução/Internet)

De caráter popular as peças eram encenadas ao ar livre, como os circos se apresentam para o público. Essa exposição acabou por inspirar a criação dos teatros modernos. As pessoas se organizavam próximas ao palco, quase que fazendo parte da encenação. Tanto nobres quanto plebeus poderiam desfrutar do evento.

Nessa época as mulheres não podiam encenar, então em Marco Antônio e Cleópatra (ficção histórica) de William Shakespeare, o papel da rainha egípcia era realizado por jovens que em período de desenvolvimento tinha tons de vozes agudas.

Não há posts para exibir