Durante o século XIX a panspermia tentou explicar as origens da vida. Segundo propôs, a vida na Terra teria chegado por meteoros advindos de outros planetas, como em uma viagem, mas como não explicava de fato como o primeiro ser vivo surgiu, consequentemente foi rechaçada por grande parte dos cientistas.
Apesar das inconclusivas provas de vida extraterrestre (ET), as premissas da panspermia prosseguem provocando fascínio em diversas áreas do conhecimento e até mesmo nas religiões da humanidade. Entre o catolicismo busca-se provas da existência de vida alienígena há mais de 1.000 mil anos, entre crenças indígenas os ETs seriam “povos das estrelas”.
Em meados do século XX houve uma “corrida” de busca de qualquer vestígio de vida fora do planeta azul. Diversas tecnologias foram empregadas, considerando que o universo possui dimensões infinitas, alguns dos físicos mais respeitados como Stephen Hawking chegou a declarar em um momento de sua vida que seria difícil não acreditar nessa possibilidade.
Extraterrestres: religiões e a possibilidade da existência de outros mundos
As teorias acerca da existência de vida em outros planetas já está no imaginário humano desde tempos antigos, muito antes da panspermia e mesmo do clássico de ficção científica de W.G Wells, que narra a invasão da Terra por seres de outro de outro mundo.
Especulações sobre o tema tiveram impacto direto na cultura dos povos e em suas religiões, assim algumas das principais crenças não desacreditam da possibilidade da existência de múltiplos mundos e da sua capacidade de abrigar vida.
Budistas e hindus
Tanto budistas quanto hindus possuem a crença na circularidade da vida, ou seja, na repetição da existência da vida. Para ambos existem diversos mundos no universo e todos podem abrigar vidas que podem ser reencarnadas em corpos diferentes.
Entretanto, acreditam também que os humanos não devem esperar encontrar seres com as mesmas feições humanas, muito menos com as mesmas habilidades humanas, assim como cada reino animal é diferente um do outro, provavelmente também serão as criaturas extraterrestres. Alguns estudiosos chegam a creditar ao budismo a religião mais favorável para essa descoberta.
Islamitas
Assim como a maioria das religiões tradicionais, o islamismo também se conformou com a transcendência do universo. Não seria de todo algo de grande surpresa para essa religião encontrar vida em outro planeta. Alguns interpretam mensagens do Corão como provas desse fato.
O movimento Ahmadi é um das comunidades que defendem essa afirmação que parece está explícita nos versos do livro sagrado “Entre os sinais da criação dos céus e da Terra, e de todas as criaturas vivas”. Para eles existiria vida nos céus e que um dia todas essas criaturas se apresentarão a Alá.
Judaísmo
Os povos que professam a religião judaica também tendem a acreditar na expansão do universo. O poder de Deus é compreendido como algo inatingível a compreensão humana, sendo, portanto, possível que Ele tenha ou possa criar novas formas de vida fora da Terra.
Igualmente é verdade que apesar da aceitação aberta da religião, existem vertentes que descartam a possibilidade de vida inteligente semelhante a dos humanos, pois afirmam que o homem é o único ser do universo dotado da capacidade de compreensão de sua própria existência e de outras distintas da sua no mesmo cosmo.
Cristãos
Entre as religiões citadas neste artigo o cristianismo é analisado por especialistas como a crença menos propensa a aceitar a vida alienígena. O problema da negativa está na abrangência da salvação de Jesus Cristo para com toda a humanidade.
Se Deus mandou Cristo para morrer somente pelos habitantes da Terra, não faria sentido com os outros habitantes de outros mundos e com a palavra pregada pela própria religião que estende o amor de Deus a todos. Assim, o cristianismo tende a não julgar como verdadeira a hipótese.
A Bíblia e livros sagrados também servem de base para descartar a vida em outros planetas, posto que ela nunca foi mencionada nas escrituras. Dentro dessa negação existe a ‘teoria’ criacionista que até hoje tem um grande número de adeptos que apenas creem no que está na coleção de livros de origem religiosa e que possuem para esses valor sagrado.
