Após um deslize da AstraZeneca, a empresa farmacêutica confirmou que a entrega das vacinas contra o Covid-19 estava “um pouco atrasada”. Com isso, a Índia aproveitou a situação e acelerou o desenvolvimento do seu próprio imunizante.
Segundo internautas, a ação do país asiático não é sobre competição e sim, impaciência. O sentimento de impaciência está se espalhando cada vez pelos países pelo anseio de vencer a pandemia e poder assim reabrir os comércios.
Até então, não foi criado nenhum medicamento que pudesse combater o coronavírus, portanto a melhor opção é considerada a fabricação de vacinas em massa. O vírus já infectou mais de 48 milhões de pessoas, causou 1,2 milhão de mortes e derrubou economias.
Vacina nos EUA pode ser lançada antes do final do ano
O governo da Austrália já está montando seu arsenal de vacinas adquirindo 135 milhões de diversas doses de imunizantes em potencial. Segundo o primeiro-ministro do país, Scott Morrison, o governo não deve colocar “todos os ovos na mesma cesta”.
Atualmente, aproximadamente 45 vacinas estão sendo testadas em humanos ao redor do mundo. Com isso, a Pfizer, empresa farmacêutica, disse que pode entrar com um pedido de autorização nos Estados Unidos até o fim de novembro, abrindo a possibilidade do imunizante ser comercializado até o final do ano.
Atrás da maior farmacêutica dos EUA, está a Moderna e a AstraZeneca, que devem ter detalhes iniciais sobre suas vacinas antes mesmo do fim de 2020. Já a vacina indiana pode sair antes mesmo do previsto, pois os testes estão sendo realizados neste mês.
Vacina indiana mostrou-se eficaz e segura
De acordo com o cientista sênior do governo indiano, a vacina contra Covid-19 que está sendo produzida no país mostrou-se eficaz e segura. Uma companhia privada indiana, Bharat Biotech que está fabricando a Covaxin com o Conselho Indiano de Pesquisa Médica (ICMR), não esperava lançar o imunizante antes do segundo trimestre de 2021.
"A vacina mostrou boa eficácia. A expectativa é que até o início do próximo ano, fevereiro ou março, algo esteja disponível", ressaltou Rajni Kant, cientista sênior do ICMR e membro da força-tarefa Covid-19, na sede do órgão em Nova Delhi.