Cérebro de dinossauro é reestruturado por pesquisadores brasileiros

O Buriolestes Schultzi, uma espécie de dinossauro bípede que viveu há cerca de 223 milhões de anos nas fronteiras entre Brasil e Argentina teve o seu cérebro reestruturado por paleontólogos brasileiros. No período Triássico a espécie alcançava o tamanho de um cachorro.

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O cérebro tal como a estatura da espécie é minúsculo, e como ele é anterior ao que antes seria a linhagem evolutiva e gigante dos saurópodes que existiram em solo brasileiro por volta de 100 milhões de anos.

A técnica utilizada para reconstrução do órgão foi a tomografia computadorizada, cujo interior do cérebro é utilizado como parâmetro estimativo para análise do preenchimento. A irrisória massa cerebral do dinossauro apresentava lóbulos mais proeminentes e outros evoluíram nas linhagens posteriores.

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Cérebro de dinossauro é reestruturado por pesquisadores brasileiros
Fonte: (Reprodução/Internet)

Buriolestes Schultzi espécie que deu origem aos gigantes

O Buriolestes Schultzi passeou pelo Brasil durante o período Triássico, do tamanho de um cachorro (50 centímetros de altura), ninguém imaginaria que seria uma das primeiras gerações a contribuir para a evolução dos saurópodes, os gigantes dinossauros quadrúpedes, como os diplodocos e os braquiossauros.

Como um dos mais antigos da superordem Dinossauria, o Buriolestes Schultzi possuía dentes afiados e mandíbula pontuda, bem característico das espécies carnívoras da época, a qual não era ocupada pela ordem sauropodomorfos em sua grande extensão, exceto pelos Buriolestes Schultzi que tinham hábitos carnívoros.

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Os seus fósseis foram localizadas em 2015 por uma equipe de paleontólogos da Universidade de Santa Maria em conjunto com a Universidade de São Paulo, no Rio Grande do Sul. Entre as ossadas, o crânio bem preservado promoveu o engajamento para o projeto de reconstituição.

Observação do cérebro do Buriolestes Schultzi 

A reestruturação computadorizada dos lóbulos pertencentes à caixa craniana do Buriolestes Schultzi resultou em um cérebro com peso menor que uma ervilha (cerca 1,5 grama). No que concerne às funções, notou-se que algumas áreas eram mais aguçadas, como por exemplo a visão em relação a sua linhagem descendente.

A área da cognição mostrou resultados expressivos apesar da baixa massa craniana da espécie, cujo volume teve modificações redutivas no saurópodes. Por ser carnívoros, os pequenos dinossauros em tese precisavam usar mais a inteligência para localizar as presas, ao contrário da sua descendência que eram herbívoros.

Descobertas como essas são importantes para a ciência encontrar canais que ofereçam respostas para saber como uma espécie pequena pode originar gigantes tão distintos na passagem das linhas evolutivas.

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