Holocausto: médicos que desafiaram o sistema nazista e salvaram judeus

Um dos capítulos de maior horror da história humana, o Holocausto Nazista durante a Segunda Guerra Mundial também teve os seus momentos de esperança, isso porque médicos italianos desafiaram os nazistas ao inventarem uma doença que foi responsável por salvar judeus presos pela ideologia.

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Nas enfermarias do hospital Fatebenefratelli, na capital italiana, uma equipe de médicos se reuniu para ajudar pessoas identificadas como contrárias ao fascismo, incluso Giovanni Borromeo, médico responsável pela origem do termo síndrome K

A doença batizada de síndrome K, tornou-se na época um código de refúgio para novos judeus perseguidos pelo sistema nazista. Altamente infecciosa, conforme os médicos declaravam aos nazistas em 1943, a patologia manteve diversas vítimas a salvo dos campos de concentração.

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Holocausto: médicos que desafiaram o sistema nazista e salvaram judeus
Fonte: (Reprodução/Internet)

O acolhimento dos judeus perseguidos no hospital Fatebenefratelli

No final de 1943, o regime fascista de Benito Mussolini realizou uma vistoria nos guetos de Roma atrás de judeus, com o objetivo de deportá-los para campos de concentração. Cerca de 1.200 chegaram ao destino, somente 15 desses sobreviveram aos horrores nazistas.

Sabendo das perseguições, o médico italiano antifascista Giovani Barromeo passou a acolher possíveis prisioneiros no hospital em que trabalhava em Roma, o Fatebenefratelli. Barromeo, em conjunto com uma equipe médica reuniu em quarentena diversos judeus ‘contaminados’ pela síndrome k. 

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A fraude da doença declarada ‘altamente infecciosa’ foi eficaz para manter diversos pacientes em segurança. Na época, a síndrome k era símbolo de refúgio, assim que um indivíduo chegava no hospital apresentando sintomas semelhantes a tuberculose era diagnosticado com o mal e prontamente isolado na ala de infectados.

Resistência antifascista despista nazistas com piada 

O termo síndrome k faz parte de uma farsa arriscada da equipe de Fatebenefratelli, que pensou a doença segundo o comandante chefe nazista do sul, Albert Kesselring, retirando de seu sobrenome a inicial do mal que supostamente estava acometendo diversos judeus na época que imperava os regimes fascistas.

Existem diversas histórias que tentam explicar como a mentira manteve os nazistas afastados, principalmente quanto ao número de vítimas salvas e o grau de intensidade dos relatos da doença que Barromeo especificou. Entretanto, para os historiadores o importante é que ela convenceu. Na foto abaixo Giovani Barromeo.

Holocausto: médicos que desafiaram o sistema nazista e salvaram judeus
Fonte: (Reprodução/Internet)

Uma história emocionante e o reconhecimento

A história do hospital Fatebenefratelli é uma das muitas que atestam a coragem de pessoas como Barromeo e sua equipe durante as perseguições nazistas. Muitos homens e mulheres esconderam judeus em suas casas, arriscando-se a terríveis sanções.

Um dos casos mais conhecidos de resistência antifascista é o do casal Jan Gies e Miep Gies, um neerlandês e uma austríaca responsáveis por abrigar a judia Anne Frank, que mais tarde tornou-se mais uma vítima da brutalidade nazista.

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