Estudo revela que o uso intenso do celular é semelhante ao vício em drogas e jogos

O hábito associado ao longo comportamento de exposição aos aparelhos celulares foi alvo de pesquisa por meio de um experimento de monitoramento realizado na Alemanha. Durante o transcurso da pesquisa os autores identificaram impactos negativos do uso frequente do celular, algo semelhante aos sintomas provocado por viciados em drogas e games.

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Outros estudos também já apontaram para conclusões similares, porém os pesquisadores apontaram contrariamente quanto à veracidade dos resultados, uma vez que o tempo de exposição era registrado pelos próprios participantes. 

Apesar de não comprovar que o uso intenso do celular seja efetivamente um vício, as conclusões da pesquisa revelam uma conexão íntima entre a ativação de áreas de recompensas com o comportamento impulsivo. Todos os detalhes do estudo estão divulgados na revista Plos One.

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Estudo revela que o uso intenso do celular é semelhante ao vício em drogas e jogos
Fonte: (Reprodução/Internet)

O caminho mais curto para recompensas

O indicativo de vício associado ao uso excessivo de aparelhos móveis vem sendo cada vez mais evidenciado nos últimos anos. De acordo com dados da Back My Cell em 2019, a média de uso do celular entre os brasileiros tem um salto comparado ao uso no mundo. Enquanto a média geral é de 2h e 51 minutos, no Brasil ela sobe para 5h diárias.

O uso intenso do celular é tão relevante que um novo termo surgiu para definir o medo de ficar sem o aparelho, denominado Nomofobia. Entre os sintomas da fobia estão a dificuldade em manter o foco, insônia, ansiedade, distração em ambientes sociais etc.

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É que o uso do celular por períodos frequentes parece ter associação com a ativação da atividade cerebral onde o comportamento impulsivo é recompensado, isso é observado na atitude de passar curtos intervalos intercalados deslizando postagens nas redes sociais, por exemplo.

Resultados alcançados pela pesquisa

Aproximadamente 101 participantes foram monitorados por pesquisadores alemães quanto ao uso assíduo de seus celulares. Primeiramente, foram orientados no preenchimento de um questionário com uma pergunta central, ‘ganhar 15 euros agora ou esperar 13 dias e receber 35 euros?’.

Aplicativos foram instalados no dispositivo para motivar o comportamento. Ao final do experimento pôde se notar que a média geral de uso do celular girou em torno de 3h e 12 minutos, sendo que a maior exposição chegou a  8h e 24 minutos. Cerca de 55% do grupo optou por uma alternativa mais rápida para obter a recompensa.

Estudo revela que o uso intenso do celular é semelhante ao vício em drogas e jogos
Fonte: (Reprodução/Internet)

Ainda que inconclusivo esse resultado tem semelhança com a escolha de um viciado em drogas em jogos, ou seja, quando opta por um benefício imediato. Entretanto, a tendência é afirmar que personalidades impulsivas tendem a se expor por longos períodos às redes sociais, jogos e outros canais compensatórias advindos da conectividade. 

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