A energia de fusão nuclear é uma idealização e uma promessa que está sendo pensada em vários países. Neste domingo (06), as autoridades chinesas anunciaram estar a um passo do desenvolvimento de energia limpa.
Junto à novidade, as autoridades também divulgaram que um reator que tem o objetivo de gerar energia limpa, foi ligado. O equipamento está localizada no sudoeste da China, na cidade de Chengdu, capital da Província de Sichuan.
Nomeado como HL-2M Tokamak, o mesmo é capaz de gerar temperaturas de 150.000.000ºC. Por isso, a máquina foi nomeada como sol artificial, porque consegue gerar mais energia do que o núcleo do Sol.
Sol artificial produz 135.000.000ºC a mais que núcleo do Sol
Em comparação ao sol artificial, o núcleo do Sol produz 135.000.000ºC a menos que a máquina. As altas temperaturas do equipamento são ideais para se ter uma fusão nuclear, gerando assim energia limpa e praticamente ilimitada.
A fusão nuclear é um processo no qual o núcleo de dois átomos se juntam formando um núcleo mais pesado. A cada fusão, é liberada uma grande gama de energia. Isso acontece constantemente no Sol e nas estrelas.
O equipamento que foi desenvolvido na China é uma máquina para aproveitar a energia da fusão nuclear. O HL-2M é o mais avançado tokamak criado pela China, de acordo com a Companhia Nacional Nuclear da China (CNNC, sigla em inglês).
França criou um tokamak capaz de produzir 500 MW
A CNNC também ressalta que o sol artificial é uma plataforma essencial para que a China possa observar a tecnologia ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor).
O ITER está sendo construído na França, sendo considerado o maior projeto de fusão nuclear, envolvendo a União Europeia, Rússia, China, Estados Unidos, Coreia do Sul, Índia, Japão. O objetivo da máquina francesa é construir um tokamak capaz de produzir 500 MW.
Especialistas estão céticos em relação à criação de energia
Apesar de ser um grande avanço no campo de energia por fusão nuclear, alguns especialistas não acreditam muito na experiência. Até então, tem sido difícil tornar a energia comercialmente viável, pois, ainda não foi possível gerar energia suficiente com base nas reações.
De acordo com os especialistas, os tokamaks consomem mais energia do que produzem e para eles isso é desanimador. Chary Rangacharyulu, especialista em física nuclear, relata não está muito animado com a ideia.
Em entrevista à BBC News, Rangacharyulu explica que os equipamentos demandam muito dinheiro e o tempo para criação do equipamento piloto demanda muito mais, por isso, o sistema não vale a pena.