Estudo esclarece o porquê do esquecimento de palavras entre todas as idades

“Uma palavra na ponta da língua”, mas que não é de fato executada é o que acontece em muitos casos quando fenômenos cerebrais desencadeados geram o esquecimento, que parece se agravar conforme se envelhece.

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Estudos científicos apontam que o esquecimento de palavras está associado a perdas cognitivas, quando de forma inevitável a espécie humana passa pela morte de neurônios envolvidos com a memória. Às vezes esse processo é acelerado, por isso alguns esquecem mais que outros.

Segundo os mesmos estudos, o esquecimento não está associado aos conceitos das palavras, mas sim aos rótulos para eles, uma vez que os mesmos veem a mente. Por isso o indivíduo faz um esforço para relembrar a palavra exata que contemple aquele conceito.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

Esquecimento pode durar desde segundos até horas

O esquecimento de palavras é um fenômeno remetido ao envelhecimento mental, quando se começa a perder células do sistema nervoso, sobretudo da área pré-frontal do cérebro, localização do hipocampo, onde ficam armazenadas as memórias.

A partir dos 30 anos o processo de morte de neurônios se intensifica e pode, em alguns casos, causar grandes prejuízos de memória na velhice, posto que é nessa idade que os esquecimentos ficam mais perceptíveis.

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As falhas ainda que abarque todas as palavras, segundo estudos, ficam mais abrangentes entre os nomes próprios e de objetos, podendo se estender para aqueles mais familiares.

Os rostos são lembrados, os aspectos do objeto também, contudo a denominação escapa seja por uma fração de segundo ou mesmo por horas. Em muitos casos o indivíduo esquecido tem certeza que a palavra que busca está na “ponta da língua”, mas não consegue pronunciá-las.

Fenômenos na ponta da língua (TOT)

Campos de pesquisa da psicologia costumam nomear como fenômenos na ponta da língua da sigla TOT em inglês. O psicanalista suiço, Carl Jung, foi o primeiro a cunhar esse termo, hoje conceituado como a incapacidade de recordar e exprimir a palavra apropriada.

Apesar do TOT ser reconhecido, os psicólogos e cientistas não podem ainda prever quando, isto é, em que idade irá acontecer, ainda que seja uma certeza. Pesquisas em laboratório são realizadas com esse intuito. O método em alguns casos é induzido.

O principal objetivo desses testes clínicos é identificar a frequência da TOT e a probabilidade de resolver, de forma espontânea, o problema do esquecimento. Testes com indivíduos que registraram por escrito cada vez que esqueceram uma palavra esclareceram alguns pontos.

Estudantes universitários tendem a apresentar episódios de TOT cerca de duas vezes por semana, enquanto maiores de 60 e 70 anos tiveram o dobro e, em algumas vezes, duas vezes mais alta essa frequência.

Ainda que o esquecimento seja inesperado também é resolvido da mesma forma. Aproximadamente 90% dos casos de esquecimento de palavras tiveram uma excelente taxa de resolução, com as mesmas sendo então pronunciadas.

Como oferecer ‘uma mão’ para manter a boa memória

Estudo esclarece o porquê do esquecimento de palavras entre todas as idades
Fonte: (Reprodução/Internet)

No periódico Psychological Science dados sobre como melhorar a memória são evidenciados pela procura de atividades desafiadoras e constantes do cérebro, isto significa que manter a mente em busca de aprendizado tende a impulsionar reservas de memória.

Tudo isso pode ser realizado por meio do engajamento no aprendizado, como por exemplo de novas línguas, músicas, anotações da rotina e em hobbies que desafiam a criatividade e concentração, como caça-palavras, reflexões sobre o que se fez durante o dia antes de dormir e outras.

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