Ciência explica como o nosso cérebro reage a situações críticas

Quando alguém é submetido a determinadas situações, apontadas como traumatizantes, seja ao presenciar ou ser vítima de um ato de extrema violência, de tratamentos excludentes, abusos dos mais variados e outras tantas denominadas críticas, recebe e responde diferente a outras pessoas.

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Essas situações críticas ativam áreas cerebrais diferentes, geralmente são aquelas que possibilitam respostas rápidas, liberando hormônios que despertam para determinados comportamentos. Todo esse modelamento cerebral tem apenas um objetivo na vida da espécie humana, a sobrevivência.

Ainda que sobrevivamos a muitas circunstâncias, em muitos casos a verdadeira recuperação pode levar um tempo, e isso significa que podem perdurar por muito tempo na mente de quem as vivenciou. Atualmente, a neurociência se encarrega de explicar os mecanismos cerebrais envolvidos por essas influências.

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Fonte: (Reprodução/Internet)

O cérebro humano é um vigia sempre em prontidão

Enquanto alguém realiza uma tarefa rotineira, o sistema nervoso ativa áreas específicas que supervisionam cada uma delas no intuito de responder com sucesso. Portanto, a ciência já se deu conta de que o cérebro é o vigia constante das nossas funções corporais.

Milhares de redes neurais estão em prontidão para se conectarem a cada situação de ameaça experienciada, assim a resposta é igualmente imediata. No entanto, ainda que funcione como um alarme ao despertar para a tomada de decisão, nem sempre elas são positivas.

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Em situações críticas costuma-se responder com o instinto de sobrevivência. Em uma liberação de substâncias causadoras de estresse, desencadeia-se respostas, esse mecanismo está localizado sobretudo no sistema límbico, localizado na parte temporal do cérebro.

Respostas automáticas, não há tempo para pensar

Vivenciar uma situação de quase roubo, rapidamente desencadearia uma resposta cerebral, neste caso pela ação do sistema límbico. Encontrar-se com uma onça no meio da trilha pode gerar uma resposta de reflexo nada ponderada, que seria correr o mais rápido possível.

O que a ciência já sabe é que em determinadas situações as respostas não são as melhores. Assim, sair correndo da onça para encontrar refúgio e se desvencilhar do perigo pode levar a outras situações de risco que no momento nem sequer são cogitadas.

Esse padrão de resposta é encontrado em todos os animais e é inconsciente, bastando para isso constatar uma circunstância de perigo. Após a resposta e ausência da situação de risco fica a sensação de esgotamento emocional e físico.

Resiliência e atividade cerebral flexível

Cientistas dos EUA, da Universidade de Yale concluíram estudos que demonstram que a atividade cerebral flexível em uma parte do cérebro pode ser monitorada para prenunciar como será a recuperação de um indivíduo após viver uma situação extrema.

Para a ciência psicológica, essa recuperação tem relação direta com a resiliência, e ela tem tudo a ver com a capacidade de superação e adaptação posterior ao trauma. O córtex pré-frontal ventromedial é a região cerebral responsável por esse processo.

Para ele, a resposta vem na tentativa de recuperação do equilíbrio anterior à reação diante da situação crítica, o que engloba tanto o corpo como a mente.

Mobilização urgente de respostas

Para conseguir esse estado de equilíbrio são moduladas diversas respostas que estão relacionadas a mecanismos cognitivos, sociais e individuais. O estresse é a forma do corpo pedir uma via que mobilize estratégias de recuperação do organismo.

Ciência explica como o nosso cérebro reage a situações críticas
Fonte: (Reprodução/Internet)

Ainda que o estresse seja encarado como uma resposta negativa, nesse caso específico representa o esforço cerebral em reportar mecanismos de enfrentamento das situações de ameaça vivenciadas.

Esses mecanismos de resiliência são completamente dependentes dessas respostas e podem variar de pessoa para pessoa, sendo assim dinâmico, e que em alguns casos podem gerar respostas de nível de estresse não negativas.

Nos tempos atuais, a psicologia já preceitua que a resiliência tem relação com diversos processos, tais como familiares, sociais e culturais, que influenciam no feedback de compensação, desafio e proteção.

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