A Academia Sueca anunciou nesta quinta-feira (8) que a poetisa Louise Glück é a vencedora do Prêmio Nobel de Literatura deste ano.
A escritora é considerada por muitos críticos uma das melhores poetisas contemporâneas dos Estados Unidos. As obras de Glück se destacam pela sensibilidade e bom uso das técnicas de escritas.
Os textos de Louise tratam da solidão, das relações familiares, do divórcio e da morte. A autora nascida em Nova York, ao ser elogiada por ter um “inconfundível voz poética”, recebeu o prêmio de 10 milhões coroas suecas.
Obras existencialistas de Louise conquistaram a Academia
A poetisa de 77 anos iniciou a sua carreira como escritora ao retratar casos de amor fracassados, crises existenciais e relações ruins entre famílias. Em seus próximos trabalhos, temas como rejeição, isolamento e perda são tratados. Atualmente, Glück leciona inglês na Universidade de Yale, em Connecticut.
A Academia disse que a poesia de Louise retrata a clareza, com visitas à infância e ao convívio familiar. Ainda foi dado ênfase à coleção “Averno”, que trata da história mitológica de Perséfone.
Segundo a entidade, a premiação foi devido a “inconfundível voz poética que, com beleza austera, torna universal a existência individual”.
O Prêmio Nobel deste ano já conta com quatro mulheres vencedoras. A primeira foi Andrea Ghez, por descobertas sobre buracos negros. Depois foram Emmanuelle Charpentier e Jennifer A. Doudna laureadas em Química por descobrirem o Crispr, que é capaz de editar o DNA.
Louise é premiada desde 1993
A autora já coleciona prêmios por suas obras. Em 1993, a poetisa foi concebida com um Pulitzer, por sua obra “The wild iris”. O livro apresenta a narrativa onírica da conversa entre um deus onisciente, um porta-jardineiro e flores.
Também em 2014 foi premiada por “Faithful and virtuous night”, com o National Book Award. Ainda nessa década, Louise ganhou o Los Angeles Times Book Prize por “Poems 1962-2012”.
William Logan, do The New York Times, analisou a escrita de Glück como versos confessionais, repletos de adjetivos e acrescidos por verbos intensos. Por fim, disse que os poemas são sombrios e “difíceis de desviar o olho”.