Vacinas contra Covid-19 aplicadas na China ainda não foram aprovadas

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as vacinas contra Covid-19 para uso emergencial devem seguir um protocolo rígido, mesmo que o intuito seja liberar uma rápida distribuição. 

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Ainda, a comunidade científica trata que todas as vacinas só podem entrar em circulação após um período intenso de testes. Os estudos devem ser divididos em três fases e então o imunizante só pode ser distribuído com a aprovação da agência reguladora de cada país.

Entretanto, a China está aplicando centenas de milhares de doses de três vacinas contra o novo coronavírus que ainda não finalizaram as fases de testes protocolares. A distribuição emergencial está sendo feita pelos requisitos governamentais chineses.

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Vacinas contra Covid-19 aplicadas na China ainda não foram aprovadas
Fonte: (Reprodução/Internet)

Governos acusados de autoritarismo já aprovaram imunizantes

A vacinação contra Covid-19 na China começou em julho e desde o início, o grupo prioritário está aumentando. No Brasil, a vacina deve ser aprovada pela agência reguladora, a Anvisa, apenas após o final dos testes. São Paulo prevê prioridade de aplicação para os profissionais de saúde.

Assim como a maioria das nações, a OMS, órgão de importância mundial, lançou diversos requisitos para que um protótipo emergencial seja aprovado. Dentre eles estão os resultados de eficácia e segurança dos testes em humanos, além de que efeitos colaterais adversos devem ser observados.

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Contudo, os países são autônomos na escolha de critérios para a aprovação de vacinas urgentes. A Rússia, Emirados Árabes Unidos e a China foram os países que iniciaram a imunização ainda incerta em seus países. A Indonésia deve iniciar a mesma ação em novembro.

Interessados estão pagando pelas vacinas emergenciais

Após o início do programa de vacinação em 22 de julho, o governo chinês idealizou um modelo para que os grupos de risco recebessem a aplicação. O plano contém um formulário de consentimento médico e o monitoramento de efeitos colaterais, tal como a OMS recomenda.

Em circulação atual, estão quatro imunizantes na fase 3 de testes, a última para aprovação final. São duas da Sinopharm, uma da CanSino (apenas para militares) e uma da Sinovac, a farmacêutica que fechou acordo com o estado de São Paulo em parceria com o Instituto Butantan, e deve vender 46 milhões de doses à metrópole.

Fora do grupo que a China divulgou como prioridade, foi apurado pelo repórter Robin Brant da BBC, que qualquer pessoa disposta a pagar quase R$ 350 pode ter acesso à duas doses.

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